"A França denuncia o tratamento arbitrário e abertamente discriminatório de que é vítima o nosso compatriota Théo Clerc no Azerbaijão", lamentou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, Christophe Lemoine.
O francês, o neozelandês Ismael De-Saint Quentin e o australiano Paul Han foram detidos em março e considerados culpados de causar danos, disse à AFP o seu advogado, Elchin Sadigov.
Mas, ao contrário de Clerc, os seus companheiros foram condenados "a uma multa simples" pelos mesmos factos: "graffiti no metro", lamentou o porta-voz da diplomacia francesa.
O Azerbaijão rejeitou imediatamente as críticas "inaceitáveis" e "infundadas" da França, nas palavras do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Azerbaijão, Ayxan Hacizada.
"A sentença proferida contra o cidadão francês e outras pessoas que danificaram intencionalmente bens do Estado é competência do tribunal" e a França "não tem o direito de questioná-la", acrescentou.
Esta nova troca de farpas surge quando outro francês, Martin Ryan, está atualmente detido no Azerbaijão, acusado de espionagem. Paris nega "categoricamente" as acusações.
As tensões aumentaram nos últimos meses depois do Azerbaijão tomar o controlo do enclave de Nagorno-Karabakh da Arménia numa ofensiva relâmpago em setembro de 2023.
Embora a França se tenha apresentado desde sempre como uma potência mediadora entre os dois países, o Azerbaijão considera que esse papel não é legítimo devido ao seu apoio histórico à Arménia.
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