“As propostas que o CDS propõe e eu espero cumpri-las quando for, como espero, ministro da Defesa, é um complemento vitalício de dignidade e de gratidão de pensão no valor de 300 euros mensais”, afirmou, acrescentando que quer também “alargar a assistência à doença dos militares a todos os ex-combatentes”.
O presidente do CDS-PP indicou que outra das medidas que quer pôr em prática se integrar um próximo governo de direita passa por “transladar os restos mortais dos cerca de 3.000 militares que estão sepultados ainda hoje no Ultramar para simbolicamente restituir essa paz sentimental às suas famílias e o resguardo que merecem”.
O líder do CDS-PP esteve hoje reunido, em Braga, com a Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra, iniciativa que foi comunicada aos jornalistas na segunda-feira, um dia depois de o Chega ter promovido um convívio com antigos combatentes no Porto.
Aos jornalistas, Francisco Rodrigues dos Santos referiu que “já tinha estado reunido com a associação antes de o Chega ter feito essa reunião”, mas sem comunicação social, e defendeu que em campanha “faz sentido regressar” para defender as suas propostas.
“O CDS é um partido que existe há quase 50 anos e sempre defendeu os nossos ex-combatentes. Nós não somos uma moda, não fazemos esta defesa por conveniência e temos um legado e uma tradição de reconhecimento, de gratidão e de profundo respeito por todos os ex-combatentes”, salientou.
E considerou que “isto não é um concurso” entre partidos.
“Não é quem fala primeiro, isto não é como ir ao talho, por senhas, e o primeiro é que se avia e tem a representação de determinado tipo de eleitorados”, ironizou.
Reiterando que “o CDS está cá há 50 anos”, o líder frisou que “parece que a cópia é que é o original, mas não, é ao contrário, o original é o CDS”.
“Eu sou presidente de um partido que sempre permitiu aos ex-combatentes ter voz no parlamento, ter representação política”, defendeu, referindo que “o CDS, ao longo de toda a sua história, sempre foi o partido que nunca abandonou os ex-combatentes e sempre dedicou o maior respeito, reconhecimento e gratidão pelo sacrifício em defesa da bandeira e da pátria”.
No entanto, considerou “positivo” que mais partidos queiram defender estes ex-militares.
Na ocasião, o presidente do CDS-PP criticou que “para o Novo Banco, para a TAP, para agendas de esquerda há sempre dinheiro público, mas para apoiar aqueles que, sendo obrigados, se deslocaram das suas famílias”, voltaram com sequelas “e estão neste momento a viver abaixo da dignidade humana, não há muitas vezes os apoios que o Estado devia dar-lhes”.
E lamentou que “hoje em dia em que uma parte da esquerda, e até de alguma direita, quer reescrever a história e se envergonha dela”, apontando que “a história deve ser contada por todos aqueles que se sacrificaram por ela e não por Rui Tavares ou Fernando Rosas”.
“Da nossa parte, essas políticas de cancelamento cultural nunca irão ter provimento porque sempre defenderemos o reconhecimento da gratidão que todos os portugueses têm que ter por estes homens que defenderam a nossa pátria, a nossa bandeira”, garantiu Francisco Rodrigues dos Santos.
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