Holland manifestou-se contra uma nova dissolução da Assembleia.
“Sou pelo respeito dos prazos”, declarou o ex-Presidente socialista, que afirmou não fazer parte dos que especulam sobre uma saída antecipada de Emmanuel Macron, como Jean-Luc Mélenchon (líder da esquerda radical) e Marine Le Pen (chefe da extrema direita).
Para o anterior mandatário (de 2012 a 2017), quaisquer que sejam as críticas dirigidas ao sucessor, e são muitas, sublinhou, foi reeleito e deve, portanto, “terminar o mandato”, especialmente porque a demissão “causaria uma grande crise institucional em França”.
Também não se trata de convocar novas eleições legislativas, acredita Holland, que foi novamente eleito deputado no circulo de Correze (centro).
“Não vejo como uma dissolução, dentro de seis meses, nos poderá dar uma Assembleia diferente da que temos hoje”, dividida em três blocos e sem maioria, justificou.
França viveu, em 2024, dois meses de crise política, desencadeada pela dissolução da Assembleia, após a derrota do campo presidencial nas eleições europeias, face à extrema direita.
As eleições antecipadas realizadas no verão resultaram na formação de uma Assembleia fraturada em três blocos (aliança de esquerda, macronistas de direita e extrema direita), sem nenhum alcançar maioria absoluta.
O centrista François Bayrou, nomeado em dezembro, é o quarto primeiro-ministro que França conheceu em 2024.
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