Em 2022, estavam licenciadas 3.875 embarcações, menos 19 do que no ano precedente, sendo que a frota licenciada equivaleu a 50,9% do número total de embarcações, 85% do total da arqueação bruta e 81,2% do total da potência da frota registada nesse ano, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE) em comunicado.
A publicação “Estatísticas da Pesca – 2022”, elaborada pelo INE, refere ainda que o preço médio anual do pescado fresco ou refrigerado descarregado registou um aumento homólogo de 16,2%, ao passar de 2,28 euros por quilograma em 2021 para 2,65 euros/quilograma no ano passado.
Além disso, o volume de descargas de pescado efetuado pelas OP – Organizações de Produtores da pesca do Continente registou uma queda de 14,0% em 2022, face ao ano anterior, tendência generalizada para as principais espécies capturadas: sardinha (-8,9%), cavala (- 10,6%) e carapau (-3,7%).
O documento do INE dá também nota de que as OP tiveram “1.908 embarcações associadas” no ano passado, número que compara com as 2.059 em 2021 e que corresponde a 49,2% do total de embarcações licenciadas em Portugal. Quanto às quotas de pescado portuguesas, estas aumentaram 8,2% em 2022, tendo representado cerca de 178 mil toneladas, sendo que as espécies relevantes sujeitas a limitações de captura registaram em 2022 “aumentos mais significativos” nas quotas para carapaus na costa continental, areeiro, tamboril e bacalhau no tradicional pesqueiro da NAFO 3M, salienta o INE.
Em termos de comércio internacional, as exportações de Produtos da pesca ou relacionados com esta atividade atingiram 1.315,7 milhões de euros em 2022, um aumento homólogo de 17,4%, contra a subida de 22,3% observada no ano precedente.
“Este crescimento acompanha a globalidade das exportações de bens (+23,0%; +18,3% em 2021). Face a 2019, as exportações destes produtos aumentaram 20,6%, enquanto as importações destes produtos registaram um acréscimo de 24,3% no ano em análise (+8,5% em 2021), atingindo 2.596,3 milhões de euros, assinala o INE.
Sobre a estrutura da pesca, o INE refere também que no ano de 2021 a produção aquícola total foi de 17.900 toneladas, mais 5,3% do que no ano anterior, e que as vendas da aquicultura geraram uma receita de 162,8 milhões de euros, superior em 62,9%, relativamente a 2020.
A produção pela Indústria Transformadora da Pesca e Aquicultura em 2021 (informação mais recente disponível) de “congelados”, “secos e salgados” e “preparações e conservas” foi 258 mil toneladas — 239 mil toneladas em 2020 –, tendo o total das vendas, tal como em 2020, representado 94% da produção nacional.
Esta indústria faturou 1.329 milhões de euros, o que reflete um aumento de 9,9% relativamente aos resultados do ano anterior, salienta o INE.
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