"São ocorrências raras e anómalas que, nem o Ministério da Justiça nem a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais pretendem esconder, pelo que este incidente está a ser criteriosamente investigado”, disse Helena Mesquita Ribeiro, à margem da inauguração da primeira unidade de cuidados continuados no Hospital Prisional de São João de Deus, em Caxias.
Helena Rebeiro garantiu que nem o Ministério da justiça nem a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) "pretendem fugir às suas responsabilidades" e que a investigação da fuga servirá para que se possa "extrair lições tão depressa quanto possível".
"É um problema que é evidentemente negativo e que nos faz pensar e por isso instaurámos um inquérito para verificar como foi possível ocorrer, sendo que não são factos inéditos. Temos a humildade necessária para fazer aquilo que se vier a verificar que é necessário fazer depois da investigação rigorosa".
No passado dia 19 de fevereiro, três reclusos - dois chilenos e um português - fugiram na madrugada de domingo do EP de Caxias, concelho de Oeiras, através da janela da cela que ocupavam. Na segunda-feira, uma fonte oficial da Polícia Nacional espanhola disse à agência Lusa que os dois reclusos chilenos que se evadiram da prisão de Caxias tinham sido detidos no domingo no aeroporto de Madrid, com passaportes falsos, mas um deles foi libertado pelas autoridades espanholas.
Uma fonte ligada ao processo explicou à Lusa que um atraso no envio e receção em Espanha do mandado de detenção europeu (MDE) permitiu que um dos chilenos evadidos fosse libertado, facto para o qual também contribui não existir vaga no centro de detenção espanhol.
Depois do anúncio da extradição do primeiro fugitivo encontrado em Espanha, as autoridades da Catalunha anunciam agora o início do processo para o retorno do segundo chileno a Portugal.
(Notícia atualizada às 13h32)
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