Para isso, conta com 30 milhões de euros da Sociedade Francisco Manuel dos Santos durante os próximos dez anos, mais 25 milhões estimados dos lucros do Oceanário.
O presidente do conselho de curadores da Fundação, José Soares dos Santos, afirmou que a fundação é uma promessa da sua família em contrapartida pela concessão do Oceanário por 30 anos, e um passo para envolver a sociedade civil no tema dos oceanos, que "estava um pouco parada".
Educar gerações futuras, com o Oceanário como uma das ferramentas principais e criar em Portugal a mentalidade de ser "uma das maiores nações do mundo" devido ao seu território oceânico são os "principais eixos" do programa da fundação, que "nas próximas semanas" deverá arrancar com iniciativas.
Em declarações aos jornalistas à margem da apresentação pública da Fundação, em Lisboa, Soares dos Santos lamentou que não exista "uma estratégia de exploração [oceânica] conhecida de toda a gente".
A posição dos curadores nacionais e internacionais da Fundação é "genérica, de exploração sustentável e com cautela".
Em relação ao Oceanário, entregue em 2015 à Sociedade, maior acionista do grupo Jerónimo Martins, Soares dos Santos afirmou que está diferente, com novas espécies e um tanque com mais visibilidade.
Na apresentação, a diretora do aquário de Monterey, no estado norte-americano da Califórnia, destacou o papel que a filantropia pode ter para beneficiar a ciência, "preenchendo as lacunas" onde o dinheiro dos governos não chega.
A norte-americana Jane Lubchenco, ex-subsecretária de Estado para os Oceanos e Atmosfera, afirmou que embora possa prevalecer o pessimismo sobre o estado dos oceanos, "a situação não é desesperada" para agir, por exemplo na segurança alimentar da pesca e da aquicultura, que afetam milhões de pessoas que contam com o mar para se alimentar.
A Fundação Oceano Azul propõe-se, além de educar, ter um papel ativo na conservação dos oceanos e apoiar projetos científicos
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