João Paulo Cotrim, que morreu hoje, aos 56 anos, estará em câmara ardente a partir das 10:00, sendo celebrada missa pelas 14:30, divulgou a sua mulher através da rede social Facebook.
Está prevista para as 15:30 a partida para o cemitério do Alto de S. João, onde será cremado pelas 16:00.
João Paulo Cotrim dirigiu a Bedeteca de Lisboa desde a sua abertura, em 1996, e até 2002. Durante este período organizou várias iniciativas e exposições.
Foi diretor do Salão Lisboa de Ilustração e Banda Desenhada durante quatro edições e responsável pela sua programação e dos catálogos e da mostra Ilustração Portuguesa.
Guionista para filmes de animação, João Paulo Cotrim escreveu novelas gráficas, ensaios e poesia e histórias para crianças e adultos. Foi jornalista e era editor da Abysmo.
Na sua vasta obra encontram-se novelas gráficas (“Salazar – Agora, na Hora da Sua Morte”), ficção (“O Branco das Sombras Chinesas”, com António Cabrita), ensaios (“Stuart – A Rua e o Riso” ou “El Alma de Almada El Ímpar” – Obra Gráfica 1926-1931), aforismos (“A Minha Gata”) e poesia (“Má Raça”, com Alex Gozblau), além de histórias para as infâncias (“Querer Muito”, com André da Loba).
João Paulo Cotrim foi ainda professor no Ar Co, no departamento de Ilustração e BD, bem como no IADE - Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação, e colaborou no Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB).
No seguimento do confinamento imposto pela pandemia de covid-19, João Paulo Cotrim criou, em 2020, “Torpor. Passos de voluptuosa dança na travagem brusca”, uma revista digital gratuita criada e disponibilizada pela editora Abysmo.
Desde a notícia da morte de João Paulo Cotrim que se têm multiplicado as despedidas e as reações. A ministra da Cultura já lamentou esta partida, assim como o Presidente da República.
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