O Irão tem exigido que a Marinha britânica liberte o petroleiro que está arrestado em Gibraltar, território britânico no sul de Espanha, desde o início do mês.
O arresto do ‘Grace I’ foi feito com base em suspeitas de violação das sanções europeias sobre transporte de petróleo bruto para a Síria.
Teerão admitiu que o navio transportava petróleo iraniano, mas negou que fosse para a Síria.
Desde a detenção do petroleiro, quatro oficiais da tripulação do navio, de nacionalidade indiana, foram detidos e interrogados pelas autoridades de Gibraltar, tendo sido libertados sem acusações.
Hoje, o chefe de Governo de Gibraltar, Fabian Picardo, disse ao parlamento local ter-se reunido com autoridades iranianas em Londres para “tentar reduzir a escala do problema”.
“Esperamos continuar a trabalhar de forma construtiva e positiva com as autoridades da República Islâmica do Irão para facilitar a libertação do ‘Grace I'”, disse.
A imobilização deste petroleiro alimentou as tensões diplomáticas entre o Irão e as potências ocidentais, já fragilizadas pela decadência do programa do nuclear de 2015.
Este acordo, assinado entre Teerão e o chamado grupo dos Seis (Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha), prevê uma limitação do programa nuclear iraniano, mas, em maio de 2018, foi abandonado pelos Estados Unidos que reintroduziram sanções económicas contra Teerão.
Na sequência dessas ações de Washington, este ano, o Irão anunciou que ia alterar progressivamente alguns dos compromissos assumidos, tendo, no início de julho, anunciado o aumento do limite imposto às suas reservas de urânio enriquecido para 4,5%, e que ultrapassa o máximo autorizado pelo acordo (3,67%).
Na quinta-feira, as forças paramilitares da Guarda Revolucionária do Irão apresaram um petroleiro estrangeiro com uma tripulação de 12 pessoas, acusado de contrabandear petróleo.
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