A GNR afirmou esta tarde que "nunca existiu qualquer 'ordem superior' para impedir ou condicionar quaisquer diligências relacionadas com a investigação do acidente" que ocorreu na A6, esclarecendo assim as "notícias veiculadas durante o dia de hoje".

Na edição desta quinta-feira, o Correio da Manhã avançou que a GNR teria sido impedida de fazer perícia ao carro onde seguia o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

Neste sentido, a força de segurança referiu também que "desenvolveu e encontra-se a desenvolver, nos termos da lei, todas as diligências inerentes a um processo de investigação de um acidente de viação com vítimas mortais", acrescentando ainda que, "em virtude de a investigação do acidente se encontrar em curso, não é possível prestar esclarecimentos adicionais".

O acidente na autoestrada que liga Marateca à fronteira do Caia, em Elvas (distrito de Portalegre) e que envolveu o carro que transportava o ministro da Administração Interna ocorreu "por volta das 13:00" de dia 18 de junho, ao quilómetro 77, na zona do concelho de Évora, no sentido Évora - Lisboa, segundo divulgou na altura a GNR.

A vítima mortal, um trabalhador de uma empresa que realizava trabalhos de manutenção da via, ainda "foi assistido", mas "acabou por falecer no local", assinalou à Lusa, nesse dia, o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora.

O MP abriu um inquérito para apurar as circunstâncias da morte do trabalhador, "como sempre acontece neste tipo de situações", ou seja, em acidentes rodoviários com mortos, segundo fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) abriu igualmente um inquérito interno sobre as circunstâncias em que foi prestado o socorro no acidente.

Segundo o MAI, o sinistro está em investigação pelo Núcleo de Investigação Criminal de Acidentes de Viação (NICAV) de Évora da GNR.