Partidos da oposição e até alguns membros dos liberais, que integram a aliança governamental, têm vindo a pedir que seja adiada a desativação das centrais, que começaram a operar há mais de 30 anos.
“A desativação nuclear até 15 de abril, ou seja, no sábado, é um assunto fechado”, disse a porta-voz de Scholz, Christiane Hoffmann.
Scholz aprovou em outubro passado um adiamento do calendário previsto para a desativação nuclear, que inicialmente estava prevista para 31 de dezembro passado e a nova data apontada foi 15 de abril.
A decisão de Scholz foi tomada no meio de divergências entre os seus parceiros de governo, com os Verdes contra o adiamento e os liberais a defenderem a continuação em funcionamento das centrais, pelo menos até 2024.
O adiamento foi também decidido devido a receios de não estar garantida a segurança energética durante o inverno, quando se registava uma redução acelerada da dependência energética da Alemanha em relação à Rússia, precipitada pela invasão da Ucrânia.
Um dos argumentos dos críticos do encerramento é que a Alemanha se vai privar de uma fonte de energia de baixas emissões enquanto se mantêm outras de combustíveis fósseis, que contribuem para as alterações climáticas.
“Sábado será um dia mau para a luta contra as alterações climáticas”, afirmou Jens Spahn, vice-presidente do grupo parlamentar conservador no Bundestag (parlamento federal), em declarações ao canal de televisão RTL.
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