A composição do novo conselho diretivo da FCT foi aprovada em reunião de Conselho de Ministros e integra também José Paulo Esperança, como vice-presidente, e Nuno Rodrigues e Maria Emília Pereira de Moura, como vogais, indica um comunicado do Ministério da Ciência, tecnologia e Ensino Superior.
Maria Emília Pereira de Moura era chefe de gabinete do ministro da Ciência desde novembro de 2016, tendo exercido anteriormente um cargo diretivo num departamento da FCT, de acordo com uma nota curricular facultada pelo Ministério da Ciência.
"Tendo a anterior Direção da FCT chegado ao término do seu mandato, o Ministro Manuel Heitor congratula a Direção, agora cessante, e liderada por Paulo Ferrão, pelo trabalho desenvolvido e esforço de missão publica, que contribuiu para reafirmar a FCT enquanto organismo central no sistema científico e tecnológico nacional", refere o comunicado.
Na dependência do Governo, a FCT é a principal entidade que financia a investigação científica em Portugal.
Helena Pereira, professora catedrática do Instituto Superior de Agronomia (ISA) da Universidade de Lisboa, era vice-presidente da FCT desde 2017, quando substituiu Miguel Castanho, investigador do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes.
Doutorada em engenharia química, Helena Pereira foi presidente do Conselho Científico do ISA e coordenadora do Centro de Estudos Florestais, sendo especialista na investigação sobre biomassa, produtos florestais e biorrefinarias.
O novo vice-presidente da FCT, José Paulo Esperança, é professor catedrático de finanças e diretor da ISCTE Business School, em Lisboa, desde 2015. Foi diretor de Planeamento da TMN (antiga operadora de telemóveis) em 1992 e diretor financeiro e de produção da fábrica de móveis centenária Olaio, entre 1983 e 1986 (hoje extinta).
O mais novo dos membros do conselho diretivo da FCT, Nuno Rodrigues, vogal, é coordenador-geral adjunto da Iniciativa Nacional Competências Digitais - Portugal INCoDe 2030 e professor coordenador na Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, da qual foi diretor entre 2011 e 2017.
Doutorado em engenharia informática, fundou no instituto um centro de investigação científica dedicado aos jogos digitais (computação gráfica, visão por computador, programação, interface com o utilizador).
Maria Emília Pereira de Moura volta, como vogal, à FCT, onde foi diretora do Departamento de Gestão e Administração entre setembro de 2009 e novembro de 2015. Exerceu funções de coordenação e gestão de projetos cofinanciados por fundos comunitários na então Fundação para a Computação Científica Nacional, entre abril de 2002 e março de 2005.
Como presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia, Paulo Ferrão conduziu dossiês como o emprego científico, a agência espacial portuguesa Portugal Space, o Centro de Investigação Internacional do Atlântico (AIR Centre) e o programa de lançamento de microssatélites nos Açores, tendo enfrentado a crítica de cientistas sobre atrasos nos concursos para a contratação de investigadores e para projetos científicos.
Especialista em energia e ecologia industrial, Paulo Ferrão foi diretor do programa MIT-Portugal (parceria científica entre o Instituto Tecnológico de Massachusetts - MIT, nos Estados Unidos, e diversas instituições portuguesas) e do Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento (IN+) do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa.
O IN+ foi presidido por Manuel Heitor antes de assumir funções como ministro da Ciência.
[Notícia atualizada às 15:39]
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