Em declarações aos jornalistas, o ministro da Comunicação e porta-voz do Governo em funções, Eugenio Nze Obiang, explicou que o pedido de demissão do executivo aconteceu durante uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, presidida pelo Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, que decorreu durante a manhã de hoje, no Palácio do Povo, em Malabo, capital.
Durante a reunião, o primeiro-ministro, Francisco Pascual Obama Asue, informou Obiang que os membros do Governo punham os cargos à disposição para que o chefe de Estado e Presidente do Conselho de Ministros "tenha liberdade para dirigir melhor a próxima fase" do desenvolvimento no país.
Por seu lado, o Presidente da República lamentou que o Governo demissionário não tenha cumprido os objetivos programáticos, o que "provocou uma situação de crise que exige medidas urgentes", segundo disse o porta-voz.
O governo demissionário tinha sido nomeado em fevereiro de 2018 e contava 25 ministros.
O primeiro-ministro cessante, responsável pela coordenação administrativa, exercia o cargo desde junho de 2016, quando foi nomeado por Obiang, depois de anteriormente ter sido ministro das pastas do Desporto e Juventude, da Economia, e do Progresso Social e Saúde.
O Presidente da Guiné Equatorial, de 78 anos, deverá agora nomear um novo governo.
Desde a sua independência de Espanha, em 1968, a Guiné Equatorial tem sido considerada pelos grupos de direitos humanos como um dos países mais repressivos do mundo, devido a alegações de detenção e tortura de dissidentes e de fraude eleitoral.
Obiang, que tem liderado o país com "punho de ferro" desde 1979, quando derrubou o seu tio Francisco Macias num golpe de estado, é o Presidente em funções há mais tempo em todo mundo.
A Guiné Equatorial integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa desde 2014.
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