Mariana Vieira da Silva falou depois do Conselho de Ministros, à excepção dos jornalistas locais as perguntas do jornalistas foram invariavelmente acerca da crise política, do fim abrupto do Conselho de Ministros, e da comunicação de Marcelo Rebelo de Sousa. Mariana Vieira da Silva, invariavelmente, disse não perceber as dúvidas e fugiu a tocar no tema.

Mas é quando é questionada se não teme passar a imagem de que está a desvalorizar o caso, que escolhe responder. A Ministra garantiu, "eu não estou a desvalorizar nada. Só não compreendo perguntas sobre a hora a que reuniões acabam e foi isso que referi. O governo, naturalmente, a cada Conselho de ministros dedica-se aos assuntos que estão agendados e ao que marca a atualidade política". Deixando ler nas entrelinhas que o tema foi discutido na reunião.

Mariana Vieira da Silva continuou dizendo que o Governo "respeita desde 2015, e nada mudou, a importância do respeito da ideia de que cada ordem de soberania tem um conjunto de funções", salientando que cada um deve agir naquilo a que lhe diz respeito e dentro do escopo da sua responsabilidade, validando a decisão do Primeiro-Ministro e afastando a ideia de "braço de ferro". "Não deixámos de entender que isto é muito importante. Quanto ao caso em concreto o Primeiro-Ministro falou na quarta-feira numa competência que é exclusivamente sua". Afastando assim qualquer razão para uma zanga, ou de "falta de lealdade" com o Presidente da República. Acrescentando que vai acompanhar com "total naturalidade" a comunicação que o Presidente da República fará às 20h.

Por fim, salientou que "não se pode ler desvalorização das minhas palavras", mas os adjetivos usados para descrever a situação foram "excecional" e "infeliz". Terminou assim o assunto, não respondendo às perguntas acerca da crise política, dizendo que agora é tempo de o Governo se concentrar no que lhe compete fazer.

Também a Ministra da Justiça esteve presente e partilhou a mesma estratégia, quando questionada acerca do envolvimento do SIS no resgate do computador do adjunto de Galamba.