Num comunicado, o ministério precisou que cada família receberá uma pensão mensal de cerca de 1.600 euros por cada membro que morreu no acidente (há o caso de uns pais que perderam as duas filhas), que será livre de impostos e com efeitos retroativos a 01 de março.
O montante é equivalente ao quádruplo da “pensão não-contributiva nacional” e será ajustado anualmente, em função do valor daquela.
“À vida humana não se pode pôr um preço. O dever mínimo do Estado é, nestas circunstâncias, ajudar e apoiar com modéstia e respeito os familiares das vítimas”, lê-se no comunicado.
Também terão direito a esta pensão todos os feridos que tenham ficado com uma invalidez permanente superior a 50% em consequência do acidente.
Além disso, serão igualmente eliminadas todas as dívidas ao Estado ou a qualquer banco — privado ou nacional — que os familiares diretos das vítimas tenham.
Na noite de 28 de fevereiro, um comboio de passageiros colidiu frontalmente com um de mercadorias a norte da cidade de Larissa e, em consequência do embate, morreram 57 pessoas e várias dezenas mais ficaram feridas, na maioria jovens universitários.
O acidente, a maior tragédia ferroviária da história da Grécia, desencadeou uma onda de indignação contra o Governo conservador, por não garantir o cumprimento das medidas de segurança necessárias na via-férrea.
Dezenas de milhares de pessoas protestaram contra o executivo no passado dia 08 de março em toda a Grécia, numa das maiores mobilizações dos últimos anos no país.
O primeiro-ministro grego, o conservador Kyriakos Mitsotakis, assumiu na quinta-feira a responsabilidade política pelo acidente e reconheceu a ausência de medidas de segurança que poderiam ter impedido a tragédia.
Neste momento, cinco jovens feridos continuam internados em unidades de cuidados intensivos.
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