"Prevemos a participação de mais de 30 países. Obviamente, a capacidade de contribuição irá variar, mas vai tratar-se de uma força importante, com um número significativo de países a levar tropas e outro maior a contribuir de outras formas", declarou o porta-voz do primeiro-ministro, Keir Starmer, esta segunda-feira.

O dirigente britânico e o presidente francês, Emmanuel Macron, lideram os esforços para criar a coalizão desde que o presidente americano, Donald Trump, iniciou negociações diretas com a Rússia para pôr fim à guerra no mês passado.

"O primeiro-ministro afirmou durante o fim de semana que haverá diferentes possibilidades (de colaborar) por parte dos diferentes países", acrescentou o porta-voz, destacando que "estão a ocorrer conversações sobre o que a coalizão poderá aportar".

França e o Reino Unido defendem que o "grupo de voluntários" é necessário, juntamente com o apoio dos Estados Unidos, para fornecer garantias de segurança à Ucrânia e dissuadir o presidente russo, Vladimir Putin, de violar qualquer cessar-fogo.

Starmer e Macron declararam a sua disposição de mobilizar tropas britânicas e francesas sobre o terreno na Ucrânia, mas não está claro quantos países mais estão dispostos a fazer o mesmo.

O primeiro-ministro britânico declarou este sábado, após uma videoconferência com 26 líderes e os chefes da União Europeia e a NATO, que o plano passaria agora a uma "fase operacional".

Responsáveis militares desses países vão reunir-se no Reino Unido na quinta-feira para avançar nestas conversas.

Starmer afirmou que receberá com satisfação qualquer oferta de apoio à coalizão, e levantou a possibilidade de que alguns países contribuam com logística ou vigilância.

Até agora, a Rússia opôs-se à presença de tropas europeias na Ucrânia.

"A Rússia não pediu a opinião da Ucrânia quando deslocou tropas norte-coreanas o ano passado", indicou o porta-voz do primeiro-ministro britânico.