O Governo português anunciou hoje ter retirado a candidatura do ex-ministro das Finanças João Leão ao cargo de diretor executivo do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), num acordo com o Luxemburgo, que também abdicou do seu candidato.
“O Ministério das Finanças informa que as candidaturas dos ex-ministros das Finanças português e luxemburguês, João Leão e Pierre Gramegna, ao cargo de diretor-geral do MEE foram retiradas de comum acordo no interesse da instituição sediada no Luxemburgo”, informa a tutela em comunicado, explicando que o consenso visa “evitar um impasse e não prejudicar a sucessão de Klaus Regling”, que está no cargo há 10 anos e deveria terminar o seu segundo mandato à frente da instituição no início de outubro.
O Ministério das Finanças explicou que “o Governo português não apresentará outra candidatura e participará ativa e construtivamente na escolha” do futuro diretor executivo do MEE.
No comunicado, a tutela admite que, “na sequência de consultas informais que tiveram lugar nos últimos meses entre os ministros das Finanças da área do euro, verificou-se que, ainda que cada um dos candidatos tenha reunido um grande número de votos, nenhum dos dois conseguiu obter a maioria qualificada de 80% dos votos necessários para ser nomeado”.
Caberá agora ao presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, “informar oportunamente sobre o processo subsequente”, adianta o Governo.
A posição hoje conhecida surge depois de divergências entre os países do euro nas consultas promovidas por Paschal Donohoe para a sucessão no MEE, sendo que na ‘corrida’ estavam agora os ex-ministros português e luxemburguês das Finanças, João Leão e Pierre Gramegna.
O alemão Klaus Regling, que é diretor executivo do Mecanismo desde a sua criação, em 2012, terminaria o seu mandato a 07 de outubro, pelo que a sucessão no MEE deveria acontecer a partir de 08 de outubro.
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