“O Governo regozija-se com o resultado da votação e a eleição por parte do Parlamento Europeu da personalidade proposta pelo Conselho europeu para o exercício da presidência da Comissão Europeia”, afirmou Augusto Santos Silva à margem da comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros onde esteve a ser ouvido esta tarde.
“Como o primeiro-ministro teve ocasião de dizer ontem [segunda-feira], entendemos que os compromissos assumidos pela presidente eleita são muito claros e vão todos no sentido certo”, disse o chefe da diplomacia português.
Segundo Santos Silva, a nova presidente da Comissão Europeia pauta-se pela “defesa do Estado de Direito, defesa do completamento da União Económica e Monetária, defesa da criação do instrumento orçamental para a competitividade e a convergência e defesa da atenção que a Europa toda deve prestar à transição energética e à descarbonização da nossa economia”.
Os compromissos de Ursula Von der Leyen tomou enquanto candidata “indicam que dirigirá uma comissão no sentido" que Portugal sempre defendeu: "maior integração europeia, maior capacidade da Europa de responder às necessidades dos cidadãos e assegurar a prosperidade das nossas economias, assegurar a convergência económica e social no interior da União Europeia, defender o Estado de direito e o protagonismo da Europa nas grandes agendas do mundo de hoje”, concluiu.
A alemã Ursula Von der Leyen, de 60 anos, do partido União Democrata-Cristã (CDU), foi hoje eleita para a presidência da Comissão Europeia pelo Parlamento Europeu, numa votação em que obteve 383 votos a favor, 327 contra, 22 abstenções e um voto nulo.
A candidata indigitada pela Comissão Europeia para presidir à Comissão Europeia irá suceder em 01 de novembro ao luxemburguês Jean-Claude Juncker, que liderou o executivo comunitário nos últimos cinco anos, e será a primeira mulher a ocupar este cargo.
Segue-se agora o processo de composição do novo Colégio de Comissários, que será submetido a um voto de aprovação em outubro.
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