O Tribunal de Malmo condenou-a uma multa de 2.250 coroas (194 euros).
A sueca Thunberg, que já tinha sido multada por uma situação similar, participou em 24 de julho no bloqueio de um terminal petrolífero em Malmo, onde vários manifestantes se sentaram no chão, de onde a polícia os removeu.
Em 15 de setembro, foi acusada de desobediência por recusar a ordem policial de sair do local. Na sequência, foi retirada por dois agentes fardados.
Thunberg, de 20 anos, admitiu os factos, mas negou ser culpada, afirmando que a luta contra a indústria dos combustíveis fósseis é uma forma de autodefesa perante a ameaça global e existencial colocada pelas alterações climáticas que causa.
“Temos a ciência do nosso lado e temos a moral do nosso lado. Nada no mundo pode mudar isto. Estou pronta para agir baseada nas condições existentes, mesmo que conduza a mais sentenças”, disse, depois do veredicto.
Em 24 de junho, o mesmo tribunal tinha multado Thunberg em 2.500 coroas, por recusa de obediência a ordens policiais quando participava, dias antes, em uma ação similar de bloqueio ao mesmo terminal petrolífero, tendo sido removida pela polícia.
Na quinta-feira, Greta Thunberg deve deslocar-se à vizinha Noruega, para participar em um protesto, que inclui os indígenas Sami. Este protesto contesta uma quinta eólica com 151 turbinas e visa a sua remoção, porque ameaça o modo de vida dos rebanhos de renas. Os ativistas sustentam que a transição energética não deve ser feita à custa dos direitos do povo indígena.
Há dois anos, o Supremo Tribunal da Noruega decidiu que a construção das turbinas viola os direitos dos Sami, que usam a terra para as renas desde há séculos. Porém o governo norueguês não tem planos para remover a quinta eólica.
Greta Thunberg inspirou um movimento global de jovens que exige mais esforços na luta contra as alterações climáticas, depois de realizar protestos semanais frente ao parlamento sueco desde 2018.
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