“Este é um protesto que começou com a grande greve que os trabalhadores do grupo Águas de Portugal fizeram a 24 de abril e desta vez é uma greve em carrossel. Está agendada uma reunião negocial para amanhã às 17:00 e esperamos uma resposta positiva às reivindicações. Se não houver, os trabalhadores vão continuar em luta em julho e agosto”, disse à Lusa Joaquim Sousa, da direção do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL).
Segundo aquele dirigente sindical, as principais reivindicações são a atualização dos salários e a uniformização dos direitos, “nomeadamente do subsídio de refeição, do subsídio transporte e do subsídio de prevenção”, para os quais “há mais de nove anos se tenta negociar um acordo coletivo de trabalho”.
João Claro, delegado sindical da ADRA e que integrou o piquete de greve, acrescentou que os trabalhadores da empresa “se sentem ludibriados” porque foram “convidados pelo grupo Águas de Portugal com a promessa de melhores salários e mais regalias”, o que não se veio a concretizar.
“A maior parte dos trabalhadores são oriundos das câmaras, cujos colegas já subiram uma posição remuneratória. Quando viemos para a concessão tínhamos a promessa de um salário melhor e de regalias, mas após nove anos a verdade é que estamos na mesma. Quando nos convidaram prometeram "mundos e fundos", explicou.
João Claro afirma que “os trabalhadores estão desanimados porque o grupo Águas de Portugal, numa posição de prepotência, continua a não querer dar os aumentos reais” e acusa ainda a administração de ter tentado, sem sucesso, dissuadir os trabalhadores de aderirem à greve.
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