A greve, que começou na quarta-feira e termina no sábado, foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Registo e do Notariado (STRN), que indicou uma adesão de 90% no primeiro dia e superior na quinta-feira.
“Os trabalhadores dos Registos e do Notariado deram nestes já três dias de greve uma clara demonstração que apoiam e se revêm as propostas que o STRN apresentou”, diz o sindicato em comunicado.
O STRN acrescenta que “conta com o apoio da esmagadora maioria dos trabalhadores para as próximas reuniões com a tutela”.
O STRN, com mais de quatro mil associados, protesta pela não inclusão das reivindicações no projeto de revisão das carreiras e exige nomeadamente a licenciatura em Direito para ingresso na carreira dos Oficiais dos Registos.
O sindicato quer também o reconhecimento dos oficiais dos Registos que desempenham tarefas com “o grau de complexidade funcional 3″, já que, desde sempre, os oficiais dos registos substituem os conservadores.
E ver resolvidos problemas relacionados com condições de trabalho e abertura de concursos, ou integração dos trabalhadores do notariado e adjuntos nas respetivas carreiras.
Segundo o sindicato, a secretária de Estado da Justiça, Anabela Pedroso, assumiu na última reunião com o STRN, o envio até ao dia de hoje (o que ainda não aconteceu) da calendarização de reuniões.
No comunicado o sindicato avisa que não aceita discutir matérias tão importantes para a vida de todos os trabalhadores sob nenhum tipo de pressão, “em especial a do pouco tempo para análise conveniente das propostas”.
“Assim, o STRN entende que o Governo deve assumir, com responsabilidade e transparência, uma calendarização que dê, ao Sindicato e aos trabalhadores, tempo suficiente para a análise de todas as propostas, as quais devem ser enviadas o mais rapidamente possível”, diz-se no comunicado.
A greve termina no sábado. A generalidade dos serviços de registos e notariado funciona durante a semana.
Aos sábados há apenas serviços a funcionar nas lojas do cidadão e nas maternidades.
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