Adalberto Campos Fernandes falava aos jornalistas no final de uma cerimónia de inauguração das novas instalações do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (SICAD), no Parque de Saúde Pulido Valente, em Lisboa.
“Não tenho informações oficiais a não ser o que tenho visto nos jornais. Normal, é uma expressão sindical generalizada afeta a setores como a educação a saúde e administração pública, expressão normal de um direito cívico”, disse.
Questionado sobre o impacto na saúde, nomeadamente o adiamento de consultas e cirurgias, o ministro disse que isso o preocupa e que tem dito às equipas para compensarem esse tempo.
“Claro que me preocupa. E claro que temos com os utentes uma preocupação. Temos dito às equipas nos hospitais para que haja uma compensação desse tempo. Mas quem convoca greves não é o Governo, o Governo limita-se a cumprir o que a constituição determina, que é respeitar o direito à greve”, disse.
Quanto à dimensão do impacto da greve o ministro garantiu não ter esses dados.
O setor da saúde teve hoje uma adesão à greve da função pública na ordem dos 90%, segundo a coordenadora da Frente Comum de Sindicatos da Função Pública, Ana Avoila
Convocada pela FNSTFPS – Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública, a greve nacional de hoje foi anunciada no início de abril para reivindicar aumentos salariais, pagamento de horas extraordinárias e as 35 horas de trabalho semanais para todos os funcionários do Estado.
O regime das 35 horas foi reposto em julho de 2016, deixando de fora os funcionários com contrato individual de trabalho, sobretudo os que prestam serviço nos hospitais EPE.
A FNSTFPS, afeta à CGTP, é composta pelos sindicatos do norte, centro, sul, regiões autónomas e consulares, e representa 330 mil funcionários.
A última greve geral convocada pela FNSTFPS com vista à reposição das 35 horas semanais realizou-se em janeiro do ano passado, e teve, segundo a estrutura, uma adesão média entre 70% e 80%, incluindo os hospitais.
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