No final da 18.ª reunião do Grupo de Arraiolos, que decorreu hoje durante todo o dia numa unidade hoteleira, Marcelo Rebelo de Sousa assumiu que o apoio à Ucrânia e à sua adesão à União Europeia e à NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) foi consensual entre os 13 chefes de Estado presentes.
Na reunião de trabalho marcaram presença os chefes de Estado da Bulgária, Rumen Radev, da Croácia, Zoran Milanovic, da Eslovénia, Natasa Pirc Musar, da Estónia, Alar Karis, da Finlândia, Sauli Niinistö, da Grécia, Katerina Sakellaropoulou, da Hungria, Katalin Novák, da Irlanda, Michael Higgins, de Itália, Sergio Mattarella, da Letónia, Edgars Rinkevics, de Malta, George Vela, e da Polónia, Andrzej Duda.
O Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, também deveria participar no Grupo de Arraiolos, mas não pôde devido a um encontro nos Estados Unidos da América com o homólogo, Joe Biden.
Marcelo Rebelo de Sousa contou ainda que, apesar do acordo no que diz respeito à Ucrânia, os países discordaram quanto à alteração ou não dos tratados que instituem a União Europeia e regem o seu funcionamento.
Há países que admitem a revisão destes tratados e outros que não querem por várias razões.
“E não é só um país que pensa isso, não é só a Hungria e a Polónia. Há outros países que também têm dúvidas”, frisou.
Segundo o chefe de Estado, alguns países que estão contra têm dúvidas de princípio porque entendem que a revisão vai retirar direitos, ou seja, a unanimidade contra certas decisões.
Depois, acrescentou, outros países argumentam com o facto de terem de referenciar esta alteração ou obter a aprovação dos parlamentos.
Além disso, há ainda quem invocasse a proximidade das eleições europeias, referiu.
“Há quem defenda que fazê-la [alteração dos tratados] a correr antes das eleições europeias talvez não seja bom em termos de movimentos populistas ou críticos menos europeístas”, sublinhou.
Esta reunião do Grupo de Arraiolos, a primeira realizada em Portugal desde que Marcelo Rebelo de Sousa é Presidente da República, acontece oito meses antes das próximas eleições para o Parlamento Europeu, que estão marcadas para junho de 2024.
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