Marcelo Rebelo de Sousa falava na Sala das Bicas do Palácio de Belém, em Lisboa, no final de um encontro com o Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, que está em Portugal em visita oficial.
O chefe de Estado português referiu que os dois discutiram "as relações políticas, as relações económicas e as relações sociais" bilaterais e afirmou que "se pode fazer muito mais em termos de cooperação a todos os níveis, e que se deve fazer ainda mais".
"Além da cooperação no domínio da saúde, que já se traduziu em julho e agosto numa presença portuguesa no país irmão da Guiné-Bissau, o que é facto é que há, no domínio da cooperação linguística, educativa, cultural, económica, empresarial, social, um mundo de iniciativas a desenvolver", acrescentou.
Dirigindo-se a Sissoco Embaló, o chefe de Estado português considerou que "há uma fraternidade entre os povos que se traduz na fraternidade entre os Estados e, naturalmente, no relacionamento entre os seus responsáveis a todos os níveis" e que, portanto, "há um pano de fundo de fraternidade" nas relações bilaterais.
Nesta intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa saudou a comunidade guineense em Portugal, e destacou o contributo dos portugueses residentes na Guiné-Bissau para o desenvolvimento desse "país irmão".
"Nós temos em Portugal uma comunidade guineense que eu saúdo vivamente agradecendo o que tem contribuído para o progresso económico e social do nosso país. E temos na Guiné-Bissau uma comunidade mais pequena, mas igualmente ativa portuguesa ou luso-guineense, que tem contribuído e quer contribuir e continuar a contribuir de forma intensa para o progresso económico e social do país irmão da Guiné-Bissau", disse.
Marcelo Rebelo de Sousa terminou a sua declaração salientando que os dois presidentes têm como função servir os respetivos povos num quadro de democracia: "É para isso que nós aqui estamos, para servir esses povos, naturalmente, com a preocupação, que é comum, de afirmar a prevalência e a primazia da democracia, do Estado de direito democrático, das instituições próprias desse sistema".
"E, ao mesmo tempo, a construção da paz no mundo, de um mundo mais justo, traduzido em maior justiça na vida de todas as comunidades e todos os povos. Foi um encontro fecundo, importante, realista, mas, ao mesmo tempo, muito virado para o futuro", concluiu.
Em seguida, interveio o Presidente da Guiné-Bissau, e no final não houve direito a perguntas por parte da comunicação social.
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