Numa reunião plenária da Assembleia Geral da ONU sobre Segurança Humana, Guterres recordou os “dois milhões de humanos em Gaza que não têm qualquer segurança, procurando desesperadamente proteção contra a fome, doenças e os implacáveis bombardeamentos israelitas”.

O líder da ONU referiu também os cidadãos de Israel, que sentem “uma terrível ausência de segurança humana, profundamente traumatizados pelos ataques de terror de 07 de outubro e sujeitos aos foguetes indiscriminados do Hamas”.

“Nada poderá justificar esses ataques. Mas nada pode justificar a punição coletiva do povo palestiniano em Gaza”, frisou.

Chamando a atenção para o assassínio de sete trabalhadores humanitários da organização World Central Kitchen (WCK) num ataque israelita em Gaza, o qual considerou “inconcebível” e um ”resultado inevitável da forma como esta guerra está a ser conduzida”, Guterres insistiu na necessidade urgente de um cessar-fogo humanitário imediato, da libertação incondicional de todos os reféns e da expansão da ajuda humanitária, tal como o Conselho de Segurança da ONU exigiu numa resolução adotada na semana passada.

“A resolução deve ser implementada sem demora”, instou.

Os ataques aéreos de Israel e os confrontos com militantes do grupo islamita palestiniano Hamas continuam na Faixa de Gaza, apesar do Conselho de Segurança da ONU ter exigido um cessar-fogo imediato no enclave durante o período do Ramadão – que termina em 09 de abril.