“O secretário-geral está profundamente chocado com os ataques de mísseis em larga escala de hoje das forças armadas da Federação Russa em cidades da Ucrânia que terão resultado em danos generalizados em áreas civis e levaram a dezenas de pessoas mortas e feridas”, disse Dujarric em comunicado.
Para António Guterres, esses ataques “constituem outra escalada inaceitável da guerra e, como sempre, os civis estão a pagar o preço mais alto”.
A Rússia bombardeou hoje várias regiões ucranianas, como Kiev (a capital), Lviv, Khmelnytskiy, Dnipro, Vinnitsia, Zaporijia, Sumy, Kharkiv e Jitomir, desencadeando “uma manhã muito dura” no país, como afirmou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Segundo Zelensky, os ataques foram feitos com recurso a armamento iraniano.
O último balanço dos bombardeamentos dá conta de pelo menos dez mortos e 60 feridos.
Segundo o Ministério da Defesa ucraniano, a Rússia utilizou 83 mísseis e 17 drones de fabrico iraniano nos bombardeamentos.
De acordo com um porta-voz da força aérea ucraniana, citado pelo jornal Kyviv Independent, 43 dos mísseis lançados foram abatidos pelas defesas anti-aéreas ucranianas.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.114 civis mortos e 9.132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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