A autorização chegou no final de setembro e o heliporto do São João, construído numa plataforma elevada, destinado a helicópteros de emergência médica, disponível 24 horas por dia, 365 dias/ano, já pode receber as aeronaves, não tendo, porém, sido ainda utilizado.
Este heliporto, cuja pista tem 1.600 metros quadrados, foi construído a seis metros de altura de modo a permitir uma ligação direta e por manga fechada aos serviços de urgência de adultos e de pediatria, bem como para evitar os constrangimentos inerentes ao movimento das pás e do vento.
“Acho que são boas notícias para o país (…). O São João tem uma Unidade queimados, acolhe doentes que necessitam de ECMO [Oxigenação por membrana extracorporal, técnica de suporte de vida extracorporal em doentes com falência cardiovascular ou pulmonar], é o único centro no Norte do país que recebe doentes com patologia cardíaca em idade pediátrica”, disse a presidente da ULSSJ, Maria João Baptista, à agência Lusa.
Destacando algumas das valências do Hospital de São João, nomeadamente as Vias Verde AVC, Coronária e de Trauma, Maria João Baptista acrescentou que já foram feitos os simulacros necessários e todos os protocolos internos estão preparados.
Até aqui, quando era necessário helitransporte para o Hospital de São João, era acionado o do Pedro Hispano, em Matosinhos, a cerca de sete quilómetros de distância, sendo o percurso de oito a 10 minutos completado de ambulância.
Financiado em 1,5 milhões de euros, este projeto que aguardava o parecer final da ANAC e ficou concluído em novembro, após 11 meses de atraso face à data inicialmente avançada, é cofinanciado pela União Europeia, através do Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional, com o apoio da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.
Para avançar com este projeto, a ULSSJ teve de reorganizar todo espaço exterior, nomeadamente redefinir a localização de uma antena de alta tensão e recolocar árvores.
O projeto dos jardins, orçado em um milhão de euros, incluiu a plantação de mais de 400 árvores e mais de 6.000 espécies arbóreas, a criação de zonas de circulação novas, um jardim de biodiversidade na parte nascente do hospital e um jardim na ala psiquiátrica com valências para a saúde mental.
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