“A ação estúpida levada a cabo pelo inimigo sionista anuncia uma nova fase perigosa nos confrontos em toda a região”, afirmou em comunicado o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irão, à semelhança dos rebeldes Huthis do Iémen e do islamita Hamas da Palestina.
A cidade de Hodeida, no oeste do Iémen, sob controlo dos rebeldes Huthis, foi hoje atingida por ataques aéreos que causaram fortes explosões.
Os ataques, que provocaram um incêndio no porto de Hodeida, deixaram “80 pessoas feridas, a maioria das quais com queimaduras graves”, afirmou O Ministério da Saúde dos rebeldes Huthis em comunicado.
Os bombardeamentos no Iémen ocorreram um dia depois de um ataque com ‘drones’ reivindicado pelos Huthis ter matado uma pessoa em Telavive.
Por seu lado, as Forças Armadas israelitas divulgaram na rede social Telegram que caças “atingiram alvos militares do regime terrorista Huthi na zona do porto de Hodeida, no Iémen, em resposta às centenas de ataques perpetrados contra o Estado de Israel nos últimos meses”.
Alegando estar a agir em solidariedade com os palestinianos na Faixa de Gaza, durante a guerra entre Israel e o Hamas iniciada em 07 de outubro, os Huthis têm realizado ataques a navios mercantes desde novembro, alegadamente por terem ligações com o Estado israelita.
Os ataques dos Huthis no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, zonas marítimas fundamentais para o comércio mundial, fizeram aumentar os custos dos seguros, levando muitas transportadoras marítimas a navegar pelo extremo sul de África, numa rota muito mais longa.
Em dezembro, os Estados Unidos, aliados de Israel, criaram uma força multinacional para proteger a navegação nesta região estratégica e, desde janeiro, com a ajuda de Londres, lançaram numerosos ataques contra os Huthis no Iémen.
A par da crise no Iémen, desde o início do conflito na Faixa de Gaza, Israel e o Hezbollah têm mantido por seu lado uma intensa troca de tiros, com uma cadência quase diária.
A fronteira entre Israel e o Líbano vive o seu pico de tensão mais elevado desde 2006 e as hostilidades já custaram a vida a pelo menos 537 pessoas, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou mais de 330 vítimas de combatentes e comandantes, alguns na Síria, enquanto em Israel morreram 30 pessoas no norte do país (18 militares e 12 civis).
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