O Partido Popular para a Liberdade e a Democracia (VVD, centro-direita) de Rutte foi o mais votado nas eleições legislativas da passada quarta-feira, ao conseguir 33 assentos parlamentares, enquanto o Partido para a Liberdade (PVV) do candidato da extrema-direita Geert Wilders ficou na segunda posição, com 20 deputados.
Estes resultados obrigam a um complexo processo negocial, cujo objetivo é reunir uma maioria de 76 dos 150 lugares que compõem a câmara baixa do parlamento holandês.
Após um encontro com a ministra da Saúde cessante Edith Schippers, que foi designada para iniciar as negociações para a formação do novo governo holandês, Mark Rutte disse hoje aos jornalistas que vai cumprir a promessa eleitoral de não pedir apoio a Geert Wilders.
Segundo informou o portal Dutch News, Rutte indicou que a opção mais viável será tentar formar governo com os democratas cristãos do CDA e com os liberais progressistas do D66.
O quarto elemento da coligação poderá passar por outras quatro forças partidárias: os socialistas do SP, os cristãos do ChristenUnie, os ecologistas do GroenLinks ou os trabalhistas do PvdA.
“Todos estes partidos têm vantagens e desvantagens”, declarou Rutte, que assume cinco princípios base para o futuro governo holandês: redução de impostos para a classe média, aumento do investimento em serviços para a população mais idosa, reforço da despesa no sector da Defesa e Segurança, melhores condições para os trabalhadores e uma estratégia orientada para as energias renováveis.
Já Geert Wilders considerou que “não é democrático” excluir o seu partido e os seus 1,3 milhões de votantes das atuais negociações políticas.
A “negociadora” Edith Schippers, figura da força política de Rutte, vai reunir-se hoje com os 13 partidos que garantiram representação parlamentar nas recentes eleições.
A representante deve então apresentar um relatório sobre estes primeiros contactos com os partidos ao parlamento, que deve debater o documento a 23 de março (quinta-feira).
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