Alexandra Santos, namorada da vítima mortal, contou à agência Lusa que o balão de ar quente onde ambos seguiam, com outros 10 passageiros e o piloto, preparava-se para aterrar nas margens da albufeira quando, devido ao vento, mudou de direção.
“O balão começou a inclinar-se para a água, por causa dos ventos, e, à velocidade a que íamos, o piloto também não teve hipótese e batemos na água, mas muito perto da margem. Ficámos todos com os pés molhados”, relatou.
No entanto, prosseguiu Alexandra Santos, o veículo aéreo “continuou a andar” para a zona interior da albufeira, tendo então o piloto sugerido que alguns passageiros “fossem para o lado de fora para puxarem o cesto para terra”.
O homem, que acabou por morrer, entrou então na água, “o balão subiu" e "voltou a bater na água”, pela segunda vez, agora “já mais distante da margem”, salientou esta testemunha.
“Ninguém o viu de pé, mas estava perto da margem quando o vimos pela última vez”, referiu, indicando que o balão de ar quente foi depois aterrar num olival.
Assinalando que já deu o seu testemunho à Polícia Judiciária (PJ), que está a investigar o caso, Alexandra Santos frisou que o homem “não tinha pé na zona onde ficou”, depois de o balão ter voltado a subir.
“Não havia coletes salva-vidas” neste veículo aéreo, mas, ainda não seja suposto os passageiros irem para a água, “fazia sentido” tê-los, pois o balão de ar quente sobrevoou uma “zona com tanta água”, acrescentou.
A Lusa tentou contactar a empresa responsável pelo balão de ar quente, a Wind Passeger, mas as várias tentativas revelaram-se infrutíferas.
As circunstâncias da morte do homem, de 55 anos, estão a ser investigadas pela PJ, informou a GNR.
Uma fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Central indicou à Lusa que o alerta para a ocorrência foi dado às 10:19.
Já Tiago Ramos, do Serviço Municipal de Proteção Civil de Mourão, limitou-se a adiantar à Lusa que os bombeiros, quando chegaram ao local, encontraram o corpo junto à margem da albufeira.
Antes, segundo este responsável, o corpo da vítima tinha sido encontrado por “um funcionário da empresa do balão de ar quente”, que deu o alerta.
Esta viagem turística tinha começado na zona de Monsaraz, no concelho vizinho de Reguengos de Monsaraz.
As operações de socorro mobilizaram um total de 18 operacionais dos Bombeiros de Mourão, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e GNR, apoiados por nove veículos.
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