Segundo uma nota hoje divulgada na página da PGDL, “no essencial ficou fortemente indiciado que o arguido, do sexo masculino, de 44 anos de idade, programador informático e diretor (e por vezes treinador) de um clube de futebol, pelo menos desde março de 2016 até à data da sua detenção, recorrendo a um perfil com um nome feminino, interagiu nas redes sociais da internet com um número não concretamente apurado de menores”.

O detido é suspeito da prática de crimes de pornografia de menores, agravado, aliciamento de menores para fins sexuais, abuso sexual de crianças e atos sexuais com adolescente.

O homem levava as vítimas a crer de que estavam em contacto com uma mulher, de modo a manter com estes conversas de teor sexual e obter ficheiros de imagem e vídeo da mesma natureza.

Os ficheiros eram depois partilhados pelo arguido com outros indivíduos.

Ainda segundo a nota da PGDL, o arguido não se coibiu de dizer aos menores que se não fizessem o que lhes ordenava iria publicar as fotos que detinha dos mesmos.

O arguido gravou também, de forma sub-reptícia, os menores, nos balneários do clube onde trabalhava, sem roupa.

Ao homem, que “agiu sabendo que se tratava de menores de idade”, foi aplicada a medida de coação de prisão preventiva, em razão do intenso perigo de continuação da atividade criminosa, de perturbação do inquérito e de recolha e conservação da prova.

O processo encontra-se em segredo de justiça e a investigação prossegue sob direção do Ministério Público da 4ª secção do DIAP de Sintra / Comarca de Lisboa Oeste, sendo o MP coadjuvado pela PJ–UNC3T.