Segundo a chefe da Proteção Civil e Emergências do governo das Canárias, Montserrat Román, há 11.612 hectares afetados pelo incêndio florestal, que atingiu um perímetro de 84 quilómetros, afetando 12 municípios, depois de hoje Los Realejos ter sido acrescentado à lista.
“A parte mais a sul é a mais avançada e já estamos a colocar mais meios, sobretudo aviões de asa fixa, nesta zona para trabalhar intensamente e tentar travar o avanço o mais possível”, disse Román durante uma conferência de imprensa.
Segundo a agência Efe, há atualmente um grande destacamento de meios aéreos e terrestres na zona em torno do Observatório de Izaña para proteger a infraestrutura e evitar que desça pelo pinhal e avance mais para a zona sul da ilha.
Entretanto, o ministro das Emergências, Política Territorial, Coesão Territorial e Água do governo das Canárias, Manuel Miranda, apelou à “calma e paciência” da população, reagindo às notícias que davam conta de pessoas que tinham tentado entrar na zona de evacuação devido ao avanço das chamas.
“Se alguém, por qualquer razão, quiser entrar, deve dirigir-se ao pessoal de segurança, explicar o seu caso e será acompanhado”, sublinhou Manuel Miranda, lembrando que este tipo de atitudes põe em perigo as pessoas que estão a tentar entrar nas zonas, mas também as que têm de as ir resgatar.
Uma centena de habitantes da zona da Candelaria poderão hoje regressar a casa, depois de terem sido retirados devido ao incêndio florestal, de acordo com a responsável da Proteção Civil do Governo das Ilhas Canárias.
Enquanto está a ser preparada a reinstalação destes habitantes, a situação em Arafo está a ser debatida com a direção dos trabalhos de extinção do fogo.
Arafo e Candelaria são as áreas onde começou, na terça-feira, o incêndio, que atualmente afeta 12 municípios de Tenerife, e onde se localiza a primeira frente que, hoje, pode ser considerada estabilizada.
O presidente das Ilhas Canárias, Fernando Clavijo, confirmou hoje que o incêndio florestal teve origem criminosa: “Foi provocado”, disse.
O Centro de Salvamento e Emergência das Canárias referiu de manhã que o combate às chamas correu melhor do que o previsto na noite passada.
O número de pessoas retiradas de localidades foi então atualizado para 12.279, com dados fornecidos pelas forças policiais e câmaras municipais, um número inferior aos 26.000 inicialmente avançados e que correspondiam a estimativas provisórias.
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