Dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a que a agência Lusa teve acesso, indicam que, entre 01 de janeiro e 31 de agosto, deflagraram 7.207 incêndios rurais, que resultaram em 38.647 hectares (ha) de área ardida, entre povoamentos (17.176 ha), matos (15.971 ha) e agricultura (5.500 ha).
“Comparando os valores do ano de 2020 com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala-se que se registaram menos 48% de incêndios rurais e menos 57% de área ardida”, destaca o ICNF, sublinhando que o ano de 2020 apresenta, até ao dia 31 de agosto, o valor mais baixo em número de incêndios e o quarto mais reduzido de área ardida desde 2010.
Em comparação com o mesmo período do ano passado, o número de incêndios baixou ligeiramente, registando até 31 de agosto menos 592 fogos, enquanto a área ardida aumentou 35,5%.
Segundo os dados do ICNF, este ano os fogos rurais consumiram 38.647 hectares, mais 10.131 do que no mesmo período de 2019, quando as chamas atingiram 28.516 hectares.
O ICNF frisa também que em 2020 os incêndios com área ardida inferior a um hectare são os mais frequentes, representando 87% do total, tendo ainda ocorrido sete fogos com uma área ardida superior ou igual a mil hectares.
Já aqueles que atingiram uma área ardida total igual ou superior a 100 hectares, considerados “grandes incêndios”, foram 45 até 31 de agosto, que resultaram em 31.678 hectares de área ardida, cerca de 82% do total.
Os dados provisórios mostram também que, até à data, o mês de julho é aquele que apresenta maior número de incêndios rurais, com um total de 3.143 incêndios, o que corresponde a 44% do número total registado, seguido de agosto, com 2.069 fogos.
No que respeita à área ardida, até à data, julho é também o mês que apresenta maior área ardida, com um total de 20.771 hectares, o que corresponde a 54% do total de área ardida registado no ano.
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