“Como os recentes eventos trágicos mostraram, a prevenção é sempre melhor” e Portugal também tem beneficiado de fundos comunitários para esse fim, comentou Christos Stylianides, durante um debate hoje à noite no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, sobre os incêndios florestais em Portugal e Espanha, e sobre os instrumentos de resposta da UE a estas catástrofes e os mecanismos de prevenção e de proteção civil.
Expressando mais uma vez as condolências às famílias e amigos próximos das vítimas do incêndio de junho em Pedrógão Grande, o comissário europeu fez também questão de “prestar tributo, uma e outra vez, ao bravos bombeiros” que combateram os fogos e afirmou-se satisfeito com a pronta resposta da União Europeia ao pedido de ajuda de Portugal.
“A Europa é solidariedade e estou orgulhoso por a UE ter podido ajudar Portugal numa altura de grande necessidade”, disse, recordando que, assim que as autoridades portuguesas ativaram o mecanismo de proteção civil da União, a 18 de junho, “a UE respondeu rapidamente e substancialmente”, com “Espanha, França e Itália a disponibilizarem meios numa questão de horas”.
Depois de fazer uma análise exaustiva dos meios colocados à disposição de Portugal – através de um mecanismo no quadro do qual, recordou, a Comissão depende da disponibilidade dos Estados-membros, pois não tem meios próprios -, o comissário Stylianides sublinhou então a necessidade de investir mais na avaliação e gestão de riscos de desastres e na prevenção.
“É bom ter um melhor entendimento dos riscos”, declarou.
No debate intervieram diversos eurodeputados portugueses, que pediram à UE celeridade na disponibilização da ajuda às famílias das vítimas e aos trabalhadores e empresas também afetados pelos fogos florestais.
Na passada segunda-feira, o Governo indicou que vai apresentar em breve uma candidatura ao fundo de solidariedade da União Europeia, que pode representar uma ajuda adicional de cerca de 11 milhões de euros.
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