“Uma das frentes aproximou-se muito e rodeou toda a aldeia de Nuzedo de Baixo. Como forma preventiva, foi ativado o plano Aldeia Segura Pessoas Seguras, que consistiu no confinamento das pessoas num local seguro, no centro da aldeia. Foi uma situação momentânea, por precaução. Quando a frente de fogo foi extinta, as pessoas regressaram às suas habitações com normalidade”, explicou à Lusa o comandante João Noel Afonso, do Comando Sub-Regional das Terras de Trás-os-Montes.
Apesar de dominado durante a noite, vão manter-se no local todos os meios no terreno, incluindo os aéreos, para ajudar a consolidar pontos quentes que ainda existem, disse o comandante João Noel Afonso.
O fogo começou às 16:21 de domingo e chegou a ter três frentes ativas.
“O incêndio foi caracterizado por um início muitíssimo violento. Atingiu logo numa fase muito precoce três frentes e foi desenvolvendo durante todo o dia nessas três frentes com muita violência. As maiores dificuldades foram a orografia. Estamos a falar de uma zona muito montanhosa, com muito povoamento, muito pinhal. Depois a fim da tarde, início da noite, o vento que se começou a intensificar dificultou muito todas as ações de combate”, detalhou João Noel Afonso.
Duas estradas estiveram cortadas durante o combate às chamas - a Estrada Nacional (EN) 103, entre Rebordelo e Vinhais, e a Estrada Municipal (EM) 529, entre Vale das Fontes e Nuzedo de Baixo.
Esta manhã, fonte da Guarda Nacional Republicana informou à Lusa que a EN103 reabriu por volta das 03:20 da madrugada. Já a EM 529 está transitável deste as 07:20.
Às 08:15 de hoje, o incêndio mobilizava 254 operacionais e 90 veículos, segundo os dados da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
[Notícia atualizada às 09:18]
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