Jorge Cid afirmou que a situação esteve "muito mais controlada", com "muito menos vítimas" do que as registadas durante o incêndio em Pedrógão Grande, no ano passado, mas ressalvou que o número de animais de produção na serra de Monchique é muito menor relativamente ao Centro do país.
"Houve uma prevenção maior e uma articulação perfeita entre as várias entidades. Os médicos veterinários foram imediatamente para o terreno e conseguiram rapidamente minorar o problema", referiu, sublinhando que houve também relatos de animais selvagens que foram tratados pelas equipas de veterinários.
Segundo Jorge Cid, alguns javalis bebés e pelo menos uma raposa tiveram de ser tratados e alimentados à mão devido a problemas de queimaduras e inalação de fumos, sendo difícil contabilizar a quantidade de animais selvagens que morreram no incêndio, o que só é possível apurar no terreno, através dos cadáveres encontrados.
O responsável adiantou que até ao final da semana deverá ser conhecido o relatório final relativamente ao número de animais de explorações que estavam registados e morreram durante o fogo, que deflagrou em Monchique e lavrou durante uma semana, alastrando-se a Silves, Portimão e Odemira (no distrito de Beja), com menos impacto.
O bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários adiantou ainda que houve 60 animais de companhia que necessitaram de tratamento, prestado quer pelos veterinários municipais, quer por veterinários de clínicas e hospitais particulares, que se uniram num esforço conjunto.
Jorge Cid sublinhou que não houve falta de medicamentos, material de tratamento ou alimentação para os animais afetados, tendo havido turnos de 24 horas de médicos veterinários que se voluntariavam para ajudar.
"Quero sublinhar o grande esforço dos médicos veterinários na zona, sobretudo os municipais, e outros, das clínicas e hospitais privados, que receberam os animais e os trataram", concluiu.
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