Segundo o INE, no boletim anual de estatísticas sobre Cultura, em 2017 os espectáculos ao vivo foram vistos por 15,4 milhões de pessoas, o que representa um aumento de 3,9% (mais meio milhão de pessoas), em relação ao ano anterior.
Mas esse aumento de espectadores, refere o INE, resultou sobretudo do aumento dos bilhetes oferecidos. Em 2017 venderam-se 4,9 milhões de bilhetes para espectáculos e ofereceram-se 10,4 milhões de ingressos.
Segundo o INE, as 33.404 sessões de espectáculos ao vivo (mais 3,8% do que em 2016) geraram 82,9 milhões de euros de receita, com uma quebra de dois milhões de euros (2,4%), face a 2016.
A poucos dias da entrada em vigor da aplicação do IVA a 6% sobre o bilhete para espectáculos ao vivo, que deverá refletir-se no preço final para o consumidor, fica-se a saber que em 2017 o preço médio dos ingressos vendidos foi de 16,8 euros (em 2016 tinha sido 17,4 euros).
Os espectáculos ao vivo foram mais caros na área metropolitana de Lisboa, onde o preço médio foi de 22,7 euros, e os mais baratos ocorreram na região Centro, onde o preço médio por bilhete se fixou nos 7,5 euros.
As estatísticas demonstram ainda que em 2017 o teatro registou o maior número de sessões entre todos os espetáculos ao vivo, mas os portugueses preferiram ir sobretudo a concertos de música.
Dos 15,4 milhões de espectadores, sete milhões viu sobretudo atuações de música clássica, barroca, antiga, música popular e tradicional portuguesa, fado, jazz, blues e pop rock, gerando receitas de 60,2 milhões de euros.
No universo dos espetáculos de música, são os concertos de pop rock que mobilizam mais audiência, com 2,8 milhões de espectadores e 42,4 milhões de euros de receita de bilheteira.
Em 2017, o INE contabilizou 360 recintos fixos de espectáculos (com uma ou mais salas) e quatro recintos improvisados.
Quanto ao cinema, o INE recupera dados estatísticos já compilados e divulgados pelo Instituto do Cinema e Audiovisual, que dão conta de que 15,6 milhões de espectadores foram ao cinema, em 2017, gerando 81,7 milhões de euros de bilheteira.
Quase 68 por cento dos espectadores preferiu filmes de origem norte-americana. Foram exibidos 177 filmes portugueses.
Em 2017 havia 173 recintos de cinema com 571 salas de exibição, o que representa mais seis recintos e mais 14 salas do que em 2016, respetivamente.
O INE refere ainda que, em 2017, Portugal dispunha de 1.024 galerias de arte e espaços de exposição temporária (menos 14 do que em 2016), tendo realizado cada uma, em média, sete exposições.
No total foram realizadas 7.199 exposições temporárias, das quais 4.154 foram individuais e 3.045 coletivas.
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