Em resposta à agência Lusa, a IGAS indica que o processo é "de natureza secreta" até à acusação, estando neste momento em instrução.
A IGAS indica também que tomou conta, em março de 2018, do processo de inquérito instaurado pelo hospital Espírito Santo de Évora, a pedido do conselho de administração do hospital.
António Peças, o médico em causa, trabalha no hospital de Évora e fazia serviço para o INEM.
No início da semana, a SIC divulgou uma reportagem que dava conta de que António Peças foi afastado do INEM depois de ter, alegadamente, simulado uma doença para não transportar um doente, enquanto se encontrava numa corrida de touros.
Hoje, o jornal Observador divulga outros dois casos que o INEM terá investigado e em que o médico António Peças terá, alegadamente, mostrado resistência em transportar doentes.
A Ordem dos Médicos está entretanto a analisar uma queixa sobre o médico, na sequência de uma denúncia anónima que já foi feita há quase um ano.
O bastonário Miguel Guimarães indicou à Lusa que o assunto está nas mãos do conselho disciplinar do Sul da Ordem.
Também hoje, a Procuradoria-geral da República confirmou à Lusa a existência de um inquérito no Departamento de Investigação e Ação Penal de Évora, que se encontra em investigação e sem arguidos constituídos.
De acordo com o bastonário dos Médicos, a queixa anónima referente a António Peças chegou à Ordem há "algum tempo", tendo o assunto sido remetido para o conselho disciplinar, órgão que pode decidir abrir um processo disciplinar.
O caso em que António Peças terá, alegadamente, simulado uma doença para não acompanhar um doente no helicóptero do INEM remonta a outubro de 2017.
Segundo confirmou à Lusa uma fonte do INEM, em fevereiro de 2018 foi endereçada uma queixa anónima sobre António Peças à Ordem dos Médicos e à Inspeção-geral das Atividades em Saúde, com conhecimento ao INEM.
Entretanto, o INEM abriu uma investigação interna no final de fevereiro do ano passado e o processo acabou por ser concluído em dezembro, segundo a mesma fonte.
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