Em comunicado enviado à agência Lusa, esta instituição de ensino superior salienta que se trata do primeiro curso do género na região Centro, tendo como parceiro a Sevenair - academia portuguesa de formação de pilotos e de técnicos de manutenção aeronáutica.
"Este curso terá seis anos de duração: o primeiro é de formação teórica em sala de aula, nas instalações do ISEC, e os restantes cinco anos serão de estágio remunerado obrigatório", refere a nota, acrescentando que a formação é certificada pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) e cumpre todos os regulamentos da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA).
"O curso vai ser muito exigente, uma vez que as condições colocadas pela ANAC e pela EASA também o são. Uma dessas exigências é, desde logo, que nenhuma turma tenha mais do que 25 alunos", explica o presidente do ISEC, Mário Velindro.
Segundo a instituição de ensino, a Ogma, Ryanair, Hi Fly e a Helibravo - referências da indústria aeronáutica em Portugal - serão algumas das empresas nas quais os estudantes irão estagiar.
Mário Velindro salienta que se "lançou este curso porque o mercado da aeronáutica é um dos que vai ter um maior crescimento nos próximos anos a nível nacional, europeu e mundial", pelo que a procura de técnicos nesta área e os seus salários "estão a aumentar a um ritmo acelerado".
De acordo com o ISEC, os salários médios de um técnico de manutenção de aeronaves oscilam entre os oito e os nove mil euros, numa profissão que não tem desemprego.
"A mobilidade aérea é hoje um elemento central na cidadania dos jovens de todo o mundo, tanto para estudarem, como para trabalharem ou fazerem férias. Os aviões vão continuar, por isso, a ser alvo de uma forte procura", frisa Mário Velindro.
O ISEC realça que a Airbus e a Boeing - os maiores fabricantes mundiais de aviões de longo e médio curso - preveem fabricar 30 mil novas unidades até 2029/2030.
"Como cada avião requer, em média, uma equipa de manutenção de 12 técnicos, isso significa que o mercado mundial irá necessitar de mais de 360 mil novos técnicos na próxima década", enfatiza o comunicado.
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