“Tem sido observado um elevado número de corpos autopsiados que não são levantados pelas famílias. Nos termos da lei, o INMLCF tem de aguardar 30 dias até que possa solicitar um funeral económico à Santa Casa da Misericórdia. Apesar de não ser um problema novo, é verdade que esta situação tem originado a existência de um maior número de corpos por reclamar do que o habitual.
Alguns corpos têm permanecido na sala de autópsias com temperatura reduzida, não sendo verdade que haja cadáveres nos corredores”, refere uma resposta do Ministério da Justiça à Lusa.
A Lusa questionou a tutela sobre denúncias que davam conta de que haveria um problema com as câmaras de refrigeração para guardar os corpos autopsiados e que essa situação estaria a motivar que estes se acumulassem pelos corredores do instituto, tendo a tutela negado que haja corpos nos corredores, mas reconhecido uma insuficiência na capacidade de armazenamento em câmaras frigoríficas originada pelo aumento de cadáveres por reclamar.
“Não houve nenhuma alteração recente relativamente à capacidade frigorífica da Delegação do Sul do INMLCF. […] Face à capacidade frigorífica existente, o INMLCF adjudicou no passado dia 6 de abril a construção de uma outra câmara frigorífica que se encontra em construção”, explica a mesma resposta do Governo.
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