Mais de 1.800 casas foram danificadas desde 01 de julho, quando começaram as chuvas das monções, de acordo com a Autoridade Nacional de Gestão de Desastres.
Os pomares em zonas remotas da província do sudoeste do Baluchistão também foram danificados e as chuvas inundaram muitas ruas na cidade oriental de Lahore.
O Paquistão está em plena época anual das monções, que decorre de julho a setembro. Cientistas e meteorologistas culpam as alterações climáticas pelas fortes chuvas dos últimos anos.
Em 2022, quando as chuvas causadas pelo clima encheram os rios e inundaram, a certa altura, um terço do país, mais de 1.739 pessoas morreram e foram contabilizados prejuízos de 30 mil milhões de dólares.
Nesta estação das monções, a parte da disputada região de Caxemira, administrada pelo Paquistão, também foi atingida pelas chuvas, provocando deslizamentos de terras.
Muitas das 156 mortes ocorreram nas províncias do leste do Punjab e do noroeste de Khyber Pakhtunkhwa, de acordo com a agência de catástrofes e as autoridades provinciais.
Quase 300 pessoas também ficaram feridas em incidentes relacionados com a chuva, e as autoridades estão a fornecer alimentos e cuidados médicos gratuitos às pessoas afetadas pela chuva, destacaram as autoridades.
Atualmente, mais de 2.000 pessoas estão em campos de ajuda em áreas afetadas pelas chuvas na província de Sindh, no sul.
Segundo os meteorologistas, a última vaga de chuvas vai continuar até à próxima segunda-feira.
O grupo de ajuda International Rescue Committee frisou hoje que se está a preparar para intensificar a sua resposta no Paquistão, com as chuvas iminentes que representam uma ameaça às vidas e aos meios de subsistência de milhões de pessoas.
“A nossa prioridade é garantir que as comunidades afetadas recebem o apoio oportuno e adequado para evitar o aprofundamento desta crise humanitária”, sublinhou o diretor do grupo no Paquistão, Shabnam Baloch, em comunicado.
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