O mau tempo veio para ficar e já está a causar estragos em várias zonas do país, com especial relevância para Albufeira e Olhão, onde a chuva intensa que caiu esta manhã durante cerca de 20 minutos alagou estradas em Moncarapacho e caves e lojas na baixa de Albufeira.

No restante país, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu um alerta para agravamento do estado do tempo nos próximos dias e por isso é possível esperar vários episódios de frio e vento.

De acordo com o IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera), pode esperar-se para os próximos três dias aguaceiros, por vezes fortes, de granizo e acompanhados de trovoada, em especial no Centro e Sul. Maior potencial de severidade no Baixo Alentejo e Algarve.

Quanto ao vento, este vai predominar do quadrante leste mais intenso na faixa costeira a sul do cabo Carvoeiro e nas terras altas do Centro e Sul. Existe a possibilidade de ocorrência de fenómenos extremos de vento.

Quais os efeitos expectáveis?

Segundo a Proteção Civil pode esperar-se o seguinte:

  • A ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento;
  • A ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
  • A instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo;
  • A contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais;
  • O arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.

Quais as medidas preventivas?

A Proteção Civil recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a adoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente:

  • Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
  • Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
  • Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;
  • Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
  • Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.