Numa nota publicada no ‘site’ da Universidade do Porto, o gabinete de comunicação do i3S adianta que o projeto, recentemente distinguido pelo programa de bolsas da NanoString, pretende entender como é que, no cancro do cólon, os baixos níveis de oxigénio (hipoxia) modelam o sistema imune no microambiente tumoral.
Paralelamente, o projeto, liderado pela investigadora Ângela Amorim Costa, visa também perceber quais os mecanismos moleculares associados, o que poderá “abrir portas para o desenho de terapias alternativas e mais eficientes” no caso dos tumores que não respondem aos tratamentos tradicionais.
Citada na nota, Ângela Amorim Costa revela que os dados preliminares obtidos pela equipa mostram que “a hipoxia afeta tanto as células cancerígenas como as células imunes, condicionando a resposta imune anti-tumoral”, algo que pode ter impacto na resposta à terapia.
“Qualquer diferença encontrada sublinha a necessidade urgente de ter em consideração as especificidades do microambiente tumoral, quando se pretende encontrar terapias mais eficientes”, refere a investigadora, acrescentando ser essencial estudar tais diferenças.
A equipa de investigadores pretende agora seguir uma “perspetiva ainda explorada”, nomeadamente, analisar a influencia combinada da hipoxia e das células imunes, componentes essenciais do microambiente tumoral.
Tal investigação poderá ajudar a encontrar “biomarcadores de resposta à terapia, permitindo a estratificação dos pacientes e, em última análise, chegar a uma terapia anti-cancro mais eficaz”, explica Ângela Amorim Costa.
A recente distinção na 1.ª edição do prémio em sinalização celular em tumores da NanoString, afirma o i3S, possibilita a utilização de uma “tecnologia de ponta na biologia celular”, bem como dar continuação ao projeto, intitulado de ‘The impact of hipoxia on the anti-colon câncer imune response: potential implication to immunotherapy’.
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