Ligados a doenças cardiovasculares e respiratórias, os nanoplásticos são partículas mais pequenas que o diâmetro de um cabelo humano, invisíveis a olho nu.

“Os nanoplásticos podem alterar os ecossistemas aquáticos e entrar na cadeia alimentar, representando riscos tanto para a vida selvagem como para os seres humanos”, disse Piyuni Ishtaweera, que liderou o estudo no âmbito do seu doutoramento na referida universidade, citada no comunicado, divulgado hoje pela agência noticiosa privada espanhola Europa Press.

O inovador método de limpeza utiliza solventes repelentes da água feitos a partir de ingredientes naturais.

O solvente fica inicialmente à superfície, do mesmo modo que o óleo flutua na água. Depois de misturado com a água e separado novamente, o solvente volta a flutuar à superfície, agora com os nanoplásticos na sua estrutura molecular.

No laboratório, os cientistas usaram uma pipeta para remover o dissolvente carregado de nanoplásticos, deixando a água limpa.

“A nossa estratégia utiliza uma pequena quantidade de solvente desenvolvido para absorver partículas de plástico de um grande volume de água”, indicou Gary Baker, professor associado do Departamento de Química da Universidade do Missouri e autor correspondente do estudo.

Baker indicou que os investigadores pretendem no futuro “determinar a capacidade máxima do solvente” e explorar “métodos para reciclar os solventes”, permitindo a sua reutilização.

Segundo Piyuni Ishtaweera, o solvente foi feito com “componentes seguros e não tóxicos e a sua capacidade de repelir a água evita a contaminação adicional das fontes de água”, sendo assim “uma solução altamente sustentável”.

O estudo foi publicado em junho na revista científica ACS Applied Engineering Materials.