“As atividades terrestres do Exército na zona, embora graduais e cautelosas, tiveram uma influência circunstancial na decisão dos terroristas de assassinar os seis reféns”, refere o relatório.

O Exército israelita reconhece ainda que “não tinha informações que indicassem a presença de reféns adicionais na área”, mesmo após a libertação de Qaid Farhan Alkadi, apenas quatro dias antes, a 27 de agosto.

“Na tarde de 31 de agosto de 2024, as tropas da divisão localizaram os seis reféns no túnel subterrâneo. Os reféns já não estavam vivos e apresentavam sinais de ferimentos de bala no corpo”, detalha a investigação.

“Se as negociações anteriores não tivessem falhado, estariam agora a recuperar com as suas famílias”, denunciou hoje, em comunicado, o Fórum dos Familiares dos Reféns, grupo que representa muitos dos familiares das 96 pessoas mantidas como reféns em Gaza pelo grupo islamita Hamas.

O texto do relatório termina dizendo que Israel deve chegar a “um acordo que garanta o regresso de todos num período rápido e pré-determinado”.

Hoje, a equipa de negociações – que inclui altos funcionários dos serviços de informações israelitas (Mosad e Shin Bet) e militares – regressou a Israel depois de uma semana de conversações para chegar a uma trégua, em encontros em Doha, com intermediários do Qatar e do Egito.

“A equipa regressa a Israel para consultas internas com vista à continuação das negociações para o regresso dos nossos reféns”, confirmou o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.