“Não sei por que o senhor Stoltenberg disse tal coisa, acho que temos que ter muito cuidado”, disse hoje Georgia Meloni a um canal de televisão.
Já antes os vice-primeiro-minstros de Itália, Antonio Tajani e Matteo Salvini, tinham recusado essa possibilidades. Salvini pediu mesmo a demissão do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, se este não “se retratar ou pedir desculpa”.
Também o chanceler alemão, Olaf Scholz, recusou essa possibilidade afirmando que há “regras claras que se acordaram com a Ucrânia e que funcionam”, durante uma conversa com cidadãos na ‘Festa da Democracia’ (que celebra os 75 anos da Lei Fundamental alemã), em Berlim.
Scholz sublinhou que quer “evitar uma grande guerra”, admitindo o receio de uma escalada do conflito se Kiev utilizar armas alemãs e ocidentais para alcançar objetivos militares russos.
O secretário-geral da NATO disse sábado, numa entrevista televisiva ao semanário The Economist, que “chegou a hora de os aliados avaliarem a possibilidade de eliminar certas restrições ao uso das armas que fornecem à Ucrânia”.
Stoltenberg considerou que “negar à Ucrânia a possibilidade de usar estas armas contra alvos militares de interesses legítimos localizados em território russo torna tudo muito mais difícil” à defesa ucraniana.
Na quinta-feira, mesmo antes da entrevista de Stoltenberg, o Kremlin denunciou os apelos de políticos norte-americanos para autorizar a Ucrânia a usar armas fornecidas por Washington para atacar o território russo e vincou que veria isso como uma “escalada” do conflito.
Kiev exige poder atacar com armas ocidentais bases e posições de retaguarda localizadas em território russo, o que europeus e americanos proíbem face ao receio de provocar um agravamento do conflito.
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