O Plano do Ministério da Saúde para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) foi apresentado esta tarde. O objetivo da comissão, presidida pelo médico António Marques, é "garantir uma resposta atempada, estruturada e eficaz no âmbito da saúde e da gestão dos seus recursos", e a forma de o cumprir foi hoje anunciada.
Segundo o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, a linha SNS24 está "preparada e mais do que preparada" para fazer o primeiro atendimento em caso de necessidade. Considera que a covid-19 foi um grande teste para "orientar as pessoas para o nível adequado de cuidados que venham a precisar".
Além disso, vão existir dois hospitais de campanha "de grande capacidade de resposta", 10 postos médicos avançados, 75 postos fixos de suporte básico de vida e mais 75 móveis. Também estão previstos planos de contingência para os hospitais com maior capacidade de resposta, e um reforço dos meios do INEM, com mais 74 meios de transporte "dispersos no território nacional, mas com uma concentração especial em Lisboa".
Um dos aspetos abordados foi o facto de não se tratar de um evento localizado. Antes da JMJ, as dioceses de todo o país vão promover o encontro de jovens de todo o mundo, com a chegada dos peregrinos a ocorrer de 26 a 31 de julho, de modo que vai envolver iniciativas de "natureza" e "riscos" diferentes.
Além disso, a partir da última semana de julho, está previsto o alargamento do horário de funcionamento dos cuidados primários. O ministro diz que o reforço de meios previsto no plano não vai pôr em causa o funcionamento do INEM e do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O espírito geral é de confiança: "temos de estar vigilantes, mas podemos estar tranquilos com a capacidade de resposta", disse Manuel Pizarro.
Já Marcelo Rebelo de Sousa, deixou uma mensagem sobre a Jornada. Para o Presidente da República, "vai ser uma grande festa da juventude. Vai ser uma grande festa universal, aberta, ecuménica". Recordou, também, que é "a Jornada com mais longa permanência do Papa no país que a realiza", sublinhando o espírito que "deve ser o de Portugal: plataforma entre oceanos, continentes, culturas e povos".
Falando precisamente de cultura, a orquestra social brasileira Maré do Amanhã, criada com crianças e jovens de uma favela do Rio de Janeiro, fará uma digressão por várias cidades portuguesas durante a Jornada, e quer ser "abençoada" pelo Papa Francisco. O anúncio foi feito hoje pelo seu líder e fundador, Carlos Eduardo Prazeres, filho do maestro português Armando Prazeres.
*Pesquisa e texto pela jornalista estagiária Raquel Almeida. Edição pelo jornalista Manuel Ribeiro
*Com Lusa
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