“Estou pronto. Estou a concorrer ao cargo”, afirmou o deputado de 69 anos à estação televisiva TF1, condicionando, porém, a sua candidatura a um “investimento popular” no sentido de recolher 150.000 assinaturas na Internet para concorrer contra o atual presidente, Emmanuel Macron.
Sublinhando o apelo ao “fim da monarquia presidencial”, Mélenchon preconiza também a convocação de uma assembleia constituinte a fim de abandonar o atual regime político, definido na Quinta República estabelecida por Charles de Gaulle, em 1958, e a mudança para uma nova organização das instituições.
“Tenho um programa, uma equipa pronta a governar. 2022 é o momento de mudança. A sociedade está num beco sem saída”, disse o líder do partido França Insubmissa, que começou na década de 1970 como vereador do Partido Socialista, tendo depois servido como senador e vice-ministro da Educação até deixar os socialistas em 2008 para criar um novo partido à sua esquerda.
Em 2012, à frente da Frente de Esquerda, uma coligação de partidos, foi candidato às eleições presidenciais e ficou em quarto lugar na primeira volta, com 11,1% dos votos.
Já em 2017, com o movimento que acabava de fundar, França Insubmissa, conquistou 19,6% dos votos, embora também não tenha conseguido chegar à segunda volta das presidenciais.
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