Em entrevista à agência Lusa, a propósito da Conferência Nacional do PCP, Jerónimo de Sousa sobre a capa de um jornal, de 12 de outubro, que colocava em causa as suas “origens operárias” de e apontava-lhe uma “vida secreta”.
O dirigente comunista respondeu que aquela manchete tinha apenas o objetivo de “tentar enlamear alguém que tem uma vida que fala por si”.
“Essa notícia, se é que se pode chamar notícia àquilo, procurou atingir a minha mãe”, considerou Jerónimo de Sousa, aludindo a uma nota de rodapé que refere que o secretário-geral comunista é “filho do 'patrão' da mãe”.
“Considero isso, de facto, algo de repugnante, de anonimato, em que se procura apenas enlamear quem, no mínimo, deve receber, não o acordo ou a compreensão, mas o respeito, tendo em conta essa vida que tive de trabalho, desde os 14 anos, no duro”, continuou.
Jerónimo de Sousa disse que ainda tem o “cartão de quando foi para a fábrica” para desempenhar a função de metalúrgico, que exerceu até “entrar para deputado constituinte”, razão pela qual confessou que ficou enfurecido com o artigo que “é algo de abjeto”.
“Depois lá me sossego… Não, a tua vida prova outra coisa”, concluiu o líder do PCP em funções há quase 18 anos.
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