“Os jovens hão de descobrir, pela dureza da vida, que têm de lutar muito, tal como fizeram as gerações anteriores”, disse Jerónimo de Sousa, durante uma manifestação em frente à Assembleia da República, em Lisboa, organizada pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses — Intersindical Nacional (CGTP-IN).
O dirigente comunista disse que “as questões da precariedade atingem, fundamentalmente, os jovens”, que “querem constituir família, querem a sua própria emancipação”.
“É uma responsabilidade muito grande do Governo olhar para essa realidade”, salientou Jerónimo de Sousa, acompanhado pela deputada e dirigente comunista Alma Rivera.
Os jovens, prosseguiu o secretário-geral do PCP, “ao fim de poucos meses, às vezes dois meses, acabam por ser despedidos de uma forma sumária”, por isso, têm de continuar a lutar pelo “direito ao trabalho e o trabalho com direitos”.
“Aqueles que pensam que os jovens estão distraídos… Não é verdade (…). Para eles é fundamental a estabilidade no emprego, a estabilidade no emprego com direitos, a valorização dos seus salários, como condição fundamental para o seu empenhamento no esforço nacional que vai ser preciso mais cedo ou mais tarde”, avisou o membro da Comissão Política do Comité Central do PCP.
Jerónimo de Sousa reconheceu que as micro, pequenas e médias empresas estão a enfrentar dificuldades que inviabilizam o pagamento de melhores salários, mas isso não se aplica aos “grandes grupos económicos, com lucros e dividendos escandalosos”.
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