“A Ascendi está coordenada com as autoridades e comprometida com a implementação de várias medidas para garantir a segurança, a fluidez do tráfego e o conforto dos utilizadores da rede Ascendi durante a JMJ”, assegurou a empresa numa informação escrita enviada à agência Lusa.
Segundo a Ascendi, “estas medidas passam pela definição de um plano de contingência que permita uma resposta eficaz a eventos imprevistos, pelo reforço das condições de apoio aos viajantes através da disponibilização de sanitários e água para minimizar o impacto de congestionamentos de tráfego mais significativos”.
“Adicionalmente, estamos a reforçar a capacidade de escoamento de tráfego nas praças de portagem e, em articulação com os parceiros das áreas de serviço, permitir que as condições de atendimento e oferta estejam ajustadas ao previsível aumento de afluência”, adiantou a concessionária.
A empresa fez saber que “as medidas serão aplicadas transversalmente a toda a rede”, sendo que onde se espera mais afluência é nas autoestradas 25 (principal ligação da zona Centro a Espanha e resto da Europa, através da fronteira de Vilar Formoso), 16 (Cascais-Belas, na Grande Lisboa) e, eventualmente, 13 (que liga Tomar a Coimbra-Sul) devido à deslocação do Papa a Fátima.
A Autoestradas do Atlântico também elaborou um plano para a JMJ “com o intuito de minimizar o impacto que este evento irá ter no normal funcionamento” das autoestradas 8 (Leiria-Loures) e 15 (Caldas da Rainha-Santarém).
“O plano prevê medidas focadas no apoio aos clientes, como a atenção à capacidade nas várias áreas de serviço, nomeadamente pelo reforço das instalações sanitárias”, explicou a empresa, assinalando que na assistência rodoviária vai, igualmente, “haver reforço dos meios, nomeadamente de reboques, para a rápida retirada das viaturas da autoestrada, no sentido de maximizar a garantia de capacidade” destas vias.
“As portagens críticas, como Loures, Bombarral e Tornada tiveram uma atenção especial para os períodos onde se prevê maior afluência”, acrescentou a empresa, explicando que o plano contempla “medidas de contingência para situações não normais que ocorram na A8 e A15, como a distribuição de água e alimentos”.
A Autoestradas do Atlântico salientou que “o plano está articulado com as entidades policiais responsáveis pela gestão do tráfego nas autoestradas” e garantiu que durante o período da JMJ “as obras não urgentes nas vias estarão suspensas”.
Já o responsável de operações da concessionária Brisa, Vasco Trigoso da Cunha, afirmou à Lusa que o plano criado pela empresa para responder à previsível grande afluência de tráfego conjuga “dois movimentos para entrar em Lisboa”, o dos peregrinos e o dos emigrantes que regressam para passar férias, além dos residentes que se deslocam para férias.
“Nesse plano, reforçámos muito as nossas equipas, para lá de 350 pessoas, em todas as funções, desde as portagens, assistência rodoviária, manutenção de equipamentos e [obra] civil, nas áreas de serviço, no atendimento e, também, em simultâneo, temos todas as pessoas com maior prontidão para responder a qualquer necessidade”, afirmou.
Vasco Trigoso da Cunha esclareceu que “todas as previsões apontam para um significativo incremento de tráfego em todas as autoestradas geridas pela Brisa”, destacando, contudo, a autoestrada 1 (Lisboa-Porto), 2 (Lisboa-Algarve), 5 (Lisboa-Cascais), 6 (Lisboa à fronteira em Badajoz) e 9 (Circular Exterior de Lisboa).
As medidas da Brisa são transversais a toda a rede de autoestradas, garantiu, realçando que foram antecipadas todas as “ações de manutenção, para que todos os equipamentos, todas as estruturas estejam a funcionar como deve ser”, além de terem sido minimizadas as intervenções nas vias neste período.
Nas áreas de serviço, foram criados locais para atender no exterior “peregrinos, com ‘kits’ específicos”, e reforçadas as casas de banho.
Entre outras medidas, a Brisa estabeleceu parcerias com a Cruz Vermelha, a Waze (aplicação móvel com informação permanente e atualizada sobre tráfego rodoviário) e rebocadores, o que vai permitir ter em locais estratégicos da rede Brisa 27 reboques.
Aos automobilistas, este responsável da Brisa pede que “planeiem bem a sua viagem”, incluindo o abastecimento das viaturas, o transporte de água, de alguns mantimentos e medicamentos.
“Estimamos que os tempos de viagem sejam maiores do que seria normal”, admitiu, pedindo “muita paciência” aos condutores.
Vasco Trigoso da Cunha exortou ainda os condutores para que, em caso de as viaturas estarem paradas em filas, não saiam, nem ocupem as bermas, pedindo uma condução com precaução, cumprindo as regras de segurança e “atenção a todas as indicações das autoridades”.
Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa para a JMJ, de 1 a 6 de agosto.
O Papa chega a Lisboa no dia 2 de agosto, tendo prevista uma visita de duas horas ao Santuário de Fátima no dia 05 para rezar pela paz e pelo fim da guerra na Ucrânia.
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